O que é incontinência urinária?
Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Não é uma doença, mas um sintoma causado por diferentes razões. Embora as mulheres em todas as idades e os homens com mais de 60 anos, estejam mais sujeitos à perda de urina, este sintoma pode aparecer em qualquer fase da vida do ser humano em qualquer classe socioeconômica ou padrão cultural.
Pode ocorrer a perda de algumas gotas ao tossir, espirrar e aos pequenos esforços ou então o esvaziamento completo da bexiga. A incontinência urinária pode ser tão desagradável que interfere com os aspectos mais simples do dia a dia e pode causar distúrbios emocionais. Felizmente, hoje em dia muito pode ser feito para resolver este problema.
Muita gente tem incontinência urinária ?
De acordo com estimativas atuais, cerca de cinco por cento da população brasileira sofre de perda de urina. No entanto, acredita-se que o total de pessoas afetadas seja ainda maior do que o mostrado pelas pesquisas, pois muitos portadores deste problema acabam não informando os profissionais de saúde que o(a) atendem. São milhões de pessoas, no Brasil e no mundo, atingidas por um problema que, em geral, interfere significativamente na qualidade de vida.
A incontinência urinária só ocorre em idosos ?
Isto não é verdade! Ocorre em todas as idades. Todavia, muitos pensam que a incontinência urinária é uma consequência natural do envelhecimento. Por esta razão, tendem a não procurar ajuda. Por outro lado muitas pessoas mais jovens, que também pensam que isto é um problema de gente idosa, sentem-se envergonhadas e deixam de procurar ajuda, sem saber que a maioria dos casos tem tratamento.
Quais os sintomas de incontinência urinária ?
Pessoas com incontinência podem ter incontinência urinária de esforço, incontinência por urgência miccional e incontinência paradoxal. Embora qualquer tipo de incontinência represente a perda do controle urinário, suas causas são diferentes e o tratamento pode diferir.
Pessoas com incontinência urinária de esforço podem:
- Perder urinar ao tossir, espirrar ou dar risadas;
- Ir ao banheiro mais frequentemente para evitar acidentes;
- Dormir toda a noite mas perder urina ao se levantar da cama;
- Às vezes perder urina ao se levantar de uma cadeira;
- Evitar exercícios porque tem receio de perder urina.
Pessoas com incontinência por urgência podem:
- Perder urina se não for imediatamente ao banheiro ao sentir vontade;
- Se levantar muitas vezes à noite para urinar;
- Fazer xixi na cama;
- Ter que ir ao banheiro, pelo menos, cada duas horas;
- Sentir desejo de urinar desproporcional ao volume ingerido de café, chá, álcool e refrigerantes.
Pessoas com incontinência paradoxal podem ter:
- Sentir urgência para urinar mas algumas vezes não conseguem;
- Levantar frequentemente à noite para urinar;
- Perder gotas de urina todo o tempo;
- Ter a sensação de não esvaziar completamente a bexiga;
- Urinar lentamente, demorando bastante e ter o jato urinário fraco.
Pode ocorrer a combinação de diferentes tipos de incontinência.
Uma vez que existem diferentes condições quanto aos tipos, intensidade e combinações de perda de urina, o diagnóstico exige avaliação médica adequada. Podem ser necessários exames clínicos e laboratoriais para que se obtenha um diagnóstico correto. A exatidão do diagnóstico é que permitirá a escolha do melhor tratamento em cada caso.
Como tratar a incontinência urinária ?
Há diversos (modos) MÉTODOS de tratar e eventualmente curar a incontinência urinária, dependendo da causa. O primeiro passo é o diagnóstico correto, pois as causas são variadas e cada pessoa necessita de um tratamento individualizado. O que é indicado para um determinado paciente pode não servir para outros. Hoje em dia, muitos casos são tratados exclusivamente com medicamentos. Outros, através de programas de fisioterapia específicos para incontinência urinária. A cirurgia é um tratamento altamente eficiente e atualmente estão sendo utilizados métodos muito pouco agressivos que podem inclusive ser realizados com anestesias mais simples e sem internação.
Tipos de tratamentos:
- Tratamento medicamentoso, com atuação na musculatura e na inervação de bexiga e uretra.
- Terapia comportamental e programas de reabilitação da musculatura pélvica – incluindo técnicas como “biofeedback”, eletroestimulação, utilização de cones (dispositivos vaginais) , exercícios de reeducação muscular do assoalho pélvico e correção postural.
- Tratamentos cirúrgicos ambulatoriais (minimamente invasivo), cirurgias de implantação de esfíncteres artificiais e ainda manipulações do sistema nervoso periférico e central.